Na mira da CPI do Sertanejo, Wesley Safadão também está sendo denunciado por músicos e tendo polêmicas expostas na internet
Após ter vários shows cancelados pelo valor do cachê elevado, Wesley Safadão vem sendo um dos principais investigados da famosa CPI do Sertanejo, ao lado de Gusttavo Lima. No entanto, assim como o Embaixador, o cantor também está sofrendo denúncias de músicos e ex-funcionários, que estão contando todos os ‘podres’ dos bastidores para o público.
Dessa vez, o ex-tecladista da banda de Welsey Safadão, conhecido por Jampa, deu declarações comprometedoras sobre o regime de trabalho na equipe do cantor durante uma entrevista ao podcast do Arlindo Orlando. Segundo o músico, Safadão sequer fala com os músicos de sua banda e não permite que eles compareçam ao seu camarim, o que pode ocasionar na aplicação de multas caso as regras sejam descumpridas.
Jampa ressalta que só é permitido falar com o cantor sobre assuntos profissionais: “Lá não podia falar com o Wesley. Você não podia ter contato com o Wesley… Porque era arriscado até ser multado se conversasse com ele coisas que não fossem de palco. Vai falar sobre produção, você fala. No camarim, não podia!”. Ele não comentou sobre os valores da multa.
No entanto, segundo informações apresentadas no Balanço Geral, a assessoria do cantor desmentiu a informação e disse que essa proibição nunca existiu, e que quem acompanha suas redes vê que ele é sempre brincalhão e fala com seus funcionários. Em relação às multas, elas eram aplicadas caso alguém da equipe chegasse atrasado nos compromissos de shows, bebesse fora ou usasse drogas.
A assessoria ainda diz que o tecladista era o funcionário que sempre chegava atrasado, não atendia ligações e sempre era o último a subir nos palcos.
Justiça cancelou dois shows de Wesley Safadão
O cantor Wesley Safadão foi surpreendido recentemente, com a proibição da realização de mais um show seu, desta vez na cidade de São Pedro do Piauí, localizada a 110km de Terezina. Na semana outro show do artista foi cancelado no Maranhão.
A prefeitura iria gastar cerca de R$550 mil na contratação do forrozeiro para comemorar o aniversário da cidade que acontece no próximo dia 20 de junho. A presença de Safadão foi anunciada pelo prefeito Junior Bill em um vídeo onde ele aparece ao lado do artista.
De acordo com a ação movida pelo Ministério Público (MP), o município desembolsaria a quantia para apresentação de 1 hora e 20 minutos do artista sendo que a primeira parcela, no valor de R$ 200 mil, seria paga até sábado (30).
O órgão alegou à Justiça que o município vem enfrentando grande precariedade nos serviços de saúde, educação, saneamento básico, dentre tantos outros essenciais. Por isso, a suspensão do evento serve para preservar o patrimônio público.
Na decisão o juiz de direito Ítalo Márcio Gurgel de Castro, da Comarca de São Pedro do Piauí, informa que “existem inúmeros artistas que prestam serviços de qualidade por preços infinitamente menores” e que houve o desrespeito dos princípios administrativos de moralidade e eficiência, visto não ser “razoável a contratação de um cantor de renome nacional para cantar por pouco mais de uma hora nos festejos da cidade pelo valor de R$ 550.000,00, frente a tantas outras necessidades e limitações que passam os munícipes”.
Além disso, a Justiça determinou que a prefeitura, no prazo de 24 horas, a contar da intimação, publique na página principal do seu sítio eletrônico o aviso de cancelamento do show.